sábado, 25 de dezembro de 2010

Muito ou pouco


Para a nossa avareza,
o muito é pouco,
para a nossa necessidade
o pouco é muito...

...Séneca

As dúvidas


As dúvidas

As dúvidas fazem parte do ser humano.
Nunca temos a certeza em todas as decisões tomadas e mesmo quando aparentemente temos, será que temos mesmo?
O tempo também modifica tudo e nós mesmos somos mudados pelo tempo, pelas vivências.
Avançar nem sempre é progredir.
Recuar nem sempre é regredir.
Como sabê-lo?
Nunca há certezas na vida, há muitas dúvidas apenas.
Há opções.
Se foram ditadas pelo coração, ai temos as nossas melhores "certezas".
A racionalidade atrapalha o coração.
A racionalidade é mais fria.
O coração sente.
Quem toma decisões relativamente àquilo que sente, pode sair magoado, mas a maior dor é nem tentar...temer antecipadamente.
Aprendi a arrepender-me somente do que não fiz por cobardia.
Tudo o que fiz, fi-lo bem e com boas intenções.
O resultado final?
Esse nem sempre é o esperado, porque a realidade envolve várias pessoas.

domingo, 9 de maio de 2010



O valor das coisas
não está no tempo em que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos
inesquecíveis, inexplicáveis
e pessoas incomparáveis

Fernando Pessoa

sábado, 8 de maio de 2010




Quando precisar que algo seja dito
chame um homem,
quando precisar que algo seja feito
chame uma mulher

Margareth Thatcher


Dai-me senhor,
a perserverança das ondas do mar
que fazem em cada recuo
um ponto de partida
para um novo avanço

Gabriela Mistral, poetisa


Quando nada é certo,
tudo é possível.

Margareth Drabble, escritora



Amor é como mercúrio na mão
deixe a mão aberta
e ele permanecerá
agarre-o firmemente
e ele escapará


Dorothy Parker, escritora

sexta-feira, 7 de maio de 2010




Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém.
Provavelmente a minha própria vida.

Clarice Lispector

Tudo o que te queria dizer




Apesar do tanto que te disse
tanto teria para te dizer
nos percalços da vida
a viagem mudou
a partida foi a dois
a chegada foi solitária
falar-te-ia pessoalmente
para que visses a minha alma
na melancolia dos meus olhos
na impossibilidade
demonstro o meu desabafo
no papel
as oportunidades não aconteceram
a coragem faltou no percurso
independentemente de falar ou escrever
somente se conseguem clarificar sentimentos
revelando a verdade
a realidade não é libertadora
contudo
ocorreu uma mudança inconsciente
resultante da descoberta
teria sido desejável
que ao destino
tivéssemos chegado os dois
no entanto
podes vir a qualquer momento
no cansaço das emoções
desembarcar na minha vida
e permanecer nela
mais do que o tempo necessário
o tempo da eternidade

Custa muito



Custa muito ser feliz
custa mais ainda ser infeliz

Custa demasiado ter uma história curta
custa mais ainda não ter nenhuma

Custa muito viver momentos de saudade
custa mais ainda viver sem paixão

Custa muito viajar no tempo da ausência
custa mais ainda sobreviver no espaço sem a presença

Custa muito obedecer aos desígnios do amor
custa mais ainda não sentir o seu esplendor

Demasiado



Demasiado desejo arde no meu peito
demasiado choro não saciante da alma
demasiados beijos mordidos no pecado do teu esguio corpo
demasiada paixão com delírios de pura sedução
demasiados ciúmes pérfidos do perfume da ausência
demasiados gemidos possuídos, lânguidos
demasiado amor, muito mais do que era de supor

domingo, 2 de maio de 2010



Confesso
que no meu íntimo
na dor que me consome
há sempre a mesma ausência
sou ainda busca
sou todavia lamúria
de um amor sucumbido
sou culpa que grita
sou ferida ardente
por quem já não acredita